terça-feira, 23 de abril de 2013
Desmatamento
A araucária é protegida por lei desde a publicação da Carta Régia de 13 de março de 1797, que reservava os pinheiros para uso exclusivo da Coroa portuguesa. Contudo, a exploração tomou força e fugiu ao controle, atingindo seu ápice no século XX. Diante da ameaça iminente de exaustão da espécie, outras leis foram sendo formuladas. A Portaria Normativa DC n° 20 de 27 de setembro de 1976 do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, definiu várias medidas para a proteção das sementes, disciplinando a colheita e comercialização do pinhão e o proibindo o abate de árvores com pinhas na época da queda de sementes.75 Mas até meados da década de 1980 ainda não existiam restrições importantes à exploração indiscriminada das florestas de araucária. Limites generosos foram definidos nos "Planos de Exploração Florestal", permitindo o corte de praticamente todos os indivíduos com diâmetro de tronco acima de 40 cm.
Mais adiante, foi objeto de proteção pela Constituição Brasileira de 1988, que consagrou o meio ambiente equilibrado como um bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida, no conceito de manejo sustentável, obrigando também o Estado à proteção e preservação do patrimônio genético. O Código Florestal Brasileiro - Lei n.º 4.771/1965, com as alterações feitas pela Medida Provisória nº 2.166-67/2001 - representou um significativo avanço na proteção das florestas brasileiras, conceituando e protegendo de maneira particularizada os diferentes tipos de florestas e formações vegetais. O Decreto nº 750/93 dispõs sobre o corte, a exploração e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica, incluindo a floresta ombrófila mista. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) publicou uma extensa série de normas regulando o uso das florestas na Região Sul. Em maio de 2001 o CONAMA determinou ao IBAMA a suspensão das autorizações concedidas, por ato próprio ou por delegação, para corte e exploração de espécies ameaçadas de extinção constantes na lista oficial daquele órgão - onde a araucária está inscrita -, excetuando-se os casos de utilidade pública, que devem ser precedidos de um estudo de impacto ambiental. Os estados sulinos também se dedicaram a criar variada legislação sobre a araucária e sobre a sua floresta. Basso diz que somente a lei não conseguirá evitar a extinção da espécie, é preciso que a sociedade adote uma nova consciência ambiental, em direção ao manejo sustentável e racional dos recursos naturais, então o seu fim poderá ser impedido
Frutos da araucária
As imagens acima nos mostram o fruto da araucária masculina, que não é comestível, mas apenas serve para o fornecimento do pólen que fertilizará as árvores femininas.É uma espécie dióica, com árvores unissexuadas, sendo que só ocasionalmente encontram-se exemplares monóicos, ou seja, com ambos os sexos. Sua reprodução se dá por sementes. A reprodução vegetativa espontânea não foi registrada entre os pinheiros-do-paraná, mas a enxertia é possível. Estatisticamente, o número de indivíduos masculinos e femininos são iguais , ou seja, a razão sexual não difere da unidade. É anemófila, o que significa que depende do vento para a polinização
de suas flores e posterior geração de novas sementes. A polinização
acontece entre agosto e outubro, quando estão maduros os cones de pólen, mas a floração feminina ocorre todo o ano.
Já estas últimas são frutos femininos da araucária. Muito apreciados por humanos, como também por esquilos, e gralhas azuis, entre outros.
Já estas últimas são frutos femininos da araucária. Muito apreciados por humanos, como também por esquilos, e gralhas azuis, entre outros.
A Gralha Azul
A gralha-azul (Cyanocorax caeruleus) é uma ave passeriforme da família dos corvídeos, com aproximadamente 40 cm de comprimento, de coloração geral azul vivo e preta na cabeça, na parte frontal do pescoço e na superior do peito. Machos e fêmeas tem a mesma plumagem e aparência embora as fêmeas em geral sejam menores.
Embora se diga que seu habitat é a floresta de araucária do sul do Brasil, por força da dieta composta de insetos, frutos e pequenos invertebrados, esta ave não tem dependência restrita dessas florestas e sua área de distribuição abrange desde o sul do Estado do Rio de Janeiro para o norte, até o Estado do Rio Grande do Sul, sendo frequente na Mata atlântica da Serra do Mar.
As gralhas-azuis são aves muito inteligentes, só suplantadas pelos psitacídeos. Sua comunicação, bastante complexa, consta de pelo menos 14 termos vocais (gritos) bem distintos e significantes. Gregárias, as gralhas-azuis formam bandos de 4 a 15 indivíduos hierarquicamente bem organizados, inclusive com divisão de clãs, bandos estes que se mantêm estáveis por até duas gerações.
No período reprodutivo que se inicia em outubro e se prolonga até março, todos os indivíduos colaboram na construção de ninhos nas partes mais altas das mais altas árvores, preferencialmente na coroa central da araucária, quando lá existente. No ninho feito de gravetos, de cerca de 50 cm de diâmetro, em forma de taça, são postos 4 ovos, em média.
A gralha-azul é o principal animal disseminador da araucária uma vez que, durante outono, quando as araucárias frutificam, bandos de gralhas laboriosamente estocam os pinhões para se alimentar.
Neste processo, as gralhas-azuis encravam fortemente os pinhões no solo ou em troncos caídos no solo, já em processo de putrefação, ou mesmo nas partes aéreas de raízes nas mesmas condições, local propício para a formação de uma nova árvore.
No folclore do estado do Paraná atribui-se a formação e manutenção das florestas de araucária a este pássaro, como uma missão divina, razão porque as espingardas explodiriam ou negariam fogo quando para elas apontadas. Além disso, a ave, que como dito anteriormente está associada à Mata das Araucárias e sendo o estado famoso pelo bioma, é um dos símbolos do Estado do Paraná, segundo a Lei Estadual n. 7957 de 1984 que a consagra como "ave símbolo" deste estado.1
Por fazer parte do folclore do Estado do Paraná, a ave foi escolhida como Mascote do Paraná Clube, time tradicional de futebol da cidade de Curitiba. A ave aparece também no escudo do clube.
Como a floresta das araucárias tenha sido reduzida a cerca de 4% do que fora antes, a perpetuidade desta espécie de aves é vista com preocupação.
Infância araucarense
Neste estágio, uma planta como esta já pode ser lançada diretamente no ambiente próprio para o seu crescimento, isto é, em se encontrando em solo próprio para o seu desenvolvimento.
terça-feira, 16 de abril de 2013
Araucária bebê
Essas araucárias podem ser plantadas em vasos ou recipientes de 7 cm.X 10 cm, tendo, depois de certo desenvolvimento da planta, de ser replantada em recipientes maiores. Não devem ser expostas ao sol de imediato, até alcançarem uma altura de perto de 35 cm. Ao serem replantadas no solo, este não deverá ser arenoso. Convém também que haja um bom espaço para o seu futuro desenvolvimento, pois elas podem chegar, na sua altura máxima, até 50 metros, necessitando, portanto, de um raio livre de pelo menos 10 metros de distância de outras árvores.
Pinhões - sementes de araucárias
Esta "bola" de sementes de araucária é encontrada na árvore fêmea, e só poderá produzir os pinhões se houver outras araucárias ao seu redor, pois a polinização acontece através do vento. É claro que o ser humano pode também fazer esse papel que a natureza gentil e gratuitamente o faz, mas convenhamos, não é nada prático assumir esse posicionamento.A araucária não apresenta nectário,
mas possui uma gota receptora constituída de uma substância pegajosa e
que aparece na superfície do estróbilo, nas reentrâncias deixadas pela
junção das brácteas
escamiformes férteis e estéreis. Os grãos de pólen, caindo sobre esta
gota pegajosa, ficam aderidos e encontram umidade para iniciar a
formação do tubo polínico.17 Cada pinha pode ter até 500 esporófilos, mas em média somente 1 em 20 são férteis
Araucária jovem
Esta araucária jovem cresce cerca de um metro por ano de vida, em condições favoráveis ao seu desenvolvimento. Sua expectativa de vida é de 200 a 500 anos. Torcemos para que chegue ao seu potencial máximo, enriquecendo a nossa flora.
Mapa das regiões de florestas de araucárias
As regiões em azul nos mostram onde poderemos encontrar ainda hoje exemplares da araucária. Considere-se, porém, que o desmatamento continua operando, de modo que essas áreas poderão ser ainda mais diminuídas, conforme o andamento dos movimentos de preservação, ou dos madeireiros.A araucária ocorre como a espécie arbórea dominante da floresta ombrófila mista da América do Sul, entre as latitudes de 18º e 30º sul. Desenvolve-se, de acordo com Angeli (embora outros autores ofereçam dados ligeiramente diferentes), em altitudes de 800 a 1 800 m no norte de sua distribuição, e entre 500 e 1 200 m na parte sul, em regiões de precipitação anual uniforme entre 1 250 e 2 200 mm, e de temperaturas
médias anuais de 10 a 18°C (mas tolera bem temperaturas de até -5°C).
Prefere solos profundos, férteis e bem drenados. Também é encontrada em
capões isolados em áreas de campo. A maior parte de sua área de ocorrência está dentro do Brasil, das serras do Rio Grande do Sul ao Paraná, com outros pontos mais ou menos isolados até Minas Gerais e pequenos trechos na Argentina e Paraguai.2 10 15 16 Foi introduzido artificialmente, entre outros lugares, no sul da Bahia, na África do Sul, na Austrália, no Quênia, na República Malgaxe, em Portugal e em Zimbábue, com comportamento variável.2
Araucárias centenárias
Araucária centenária. Como já temos visto, estas árvores chegam à idade de 200 anos com muita frequência. Algumas, por sua robustez e condições naturais favoráveis, chegam aos seus 500 anos.
História das araucárias
A araucária [Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze 1898] é a espécie arbórea dominante da floresta ombrófila mista, ocorrendo majoritariamente na região Sul do Brasil, bem como no leste e sul do estado de São Paulo, extremo sul do estado de Minas Gerais, e em pequenos trechos da Argentina e Paraguai, sendo conhecida por muitos nomes populares, entre eles pinheiro-brasileiro e pinheiro-do-paraná; é também chamada pelo nome de origem indígena, curi. A espécie foi inicialmente descrita como Columbea angustifolia Bertol. 1819.
Sua origem remonta a milhões de anos atrás, quando sua população se disseminava pelo Nordeste brasileiro. Conífera dióica, perenifólia, heliófita, pode atingir alturas de 50m, com um diâmetro de tronco à altura do peito de 2,5 m. Sua forma é única na paisagem brasileira, parecendo uma taça ou umbela. Ocupando uma área original de 200 mil km², a partir do século XIX foi intensamente explorada por seu alto valor econômico, dando madeira utilíssima e sementes nutritivas, e hoje seu território está reduzido a uma fração mínima, o que segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) coloca a araucária em Perigo Crítico de Extinção.
A araucária, apesar de popular, não é conhecida completamente pela ciência. Diversos estudos vêm sendo feitos recentemente para entendermos melhor a ecologia e biologia desta árvore; também são necessários para orientar as urgentes medidas de proteção que ainda precisam ser tomadas para assegurar a sobrevivência desta espécie sensível e altamente especializada em um ambiente que rapidamente vai sendo invadido e destruído pelo homem, mas ainda persistem muitas incertezas e contradições em vários aspectos. Esse conhecimento imperfeito da matéria, que confunde até a conceituação e aplicação das leis ambientais que deviam protegê-la e ainda não conseguem fazê-lo - veja-se o recuo continuado das áreas onde sobrevive - mais as variadas exigências que a planta impõe no cultivo planejado para que possa render bem, desanimam muitos reflorestadores, que preferem espécies mais bem conhecidas, de crescimento mais rápido e que não demandem tantos cuidados. Entretanto, os estudiosos são unânimes em declarar a necessidade de sua salvação, tanto por sua importância econômica e ecológica como paisagística e cultural. Tornou-se, não por acaso, símbolo do estado do Paraná, deu o nome a Curitiba, e aparece nos brasões das cidades de Araucária, Ponta Grossa,Caçador, Campos do Jordão, São Carlos, Apiaí, Taboão da Serra e Itapecerica da Serra.
Sua origem remonta a milhões de anos atrás, quando sua população se disseminava pelo Nordeste brasileiro. Conífera dióica, perenifólia, heliófita, pode atingir alturas de 50m, com um diâmetro de tronco à altura do peito de 2,5 m. Sua forma é única na paisagem brasileira, parecendo uma taça ou umbela. Ocupando uma área original de 200 mil km², a partir do século XIX foi intensamente explorada por seu alto valor econômico, dando madeira utilíssima e sementes nutritivas, e hoje seu território está reduzido a uma fração mínima, o que segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) coloca a araucária em Perigo Crítico de Extinção.
A araucária, apesar de popular, não é conhecida completamente pela ciência. Diversos estudos vêm sendo feitos recentemente para entendermos melhor a ecologia e biologia desta árvore; também são necessários para orientar as urgentes medidas de proteção que ainda precisam ser tomadas para assegurar a sobrevivência desta espécie sensível e altamente especializada em um ambiente que rapidamente vai sendo invadido e destruído pelo homem, mas ainda persistem muitas incertezas e contradições em vários aspectos. Esse conhecimento imperfeito da matéria, que confunde até a conceituação e aplicação das leis ambientais que deviam protegê-la e ainda não conseguem fazê-lo - veja-se o recuo continuado das áreas onde sobrevive - mais as variadas exigências que a planta impõe no cultivo planejado para que possa render bem, desanimam muitos reflorestadores, que preferem espécies mais bem conhecidas, de crescimento mais rápido e que não demandem tantos cuidados. Entretanto, os estudiosos são unânimes em declarar a necessidade de sua salvação, tanto por sua importância econômica e ecológica como paisagística e cultural. Tornou-se, não por acaso, símbolo do estado do Paraná, deu o nome a Curitiba, e aparece nos brasões das cidades de Araucária, Ponta Grossa,Caçador, Campos do Jordão, São Carlos, Apiaí, Taboão da Serra e Itapecerica da Serra.
Araucária adulta
Araucária adulta. Primeiramente ela apresenta um topo bem definido, mas com o tempo, vai se mostrando como um cálice muito estiloso, um realce à vegetação ao seu derredor.
Floresta de Araucárias
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